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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como conviver com um familiar doente com Esquizofrenia?

O que hei-de fazer?
Para muitas pessoas é difícil lidar com a doença mental, porque não conseguem compreender que é uma doença. Pelo senso comum é mais fácil reconhecer uma doença física como doença. Há que não esquecer que a doença mental é doença na plena acepção do termo e tem também causas no organismo, nomeadamente por alterações do funcionamento do cérebro. A doença não é “mau feitio”, nem maldade!

Lembre-se de que não conseguirá ajudar alguém doente se o culpar por estar doente ou se se culpar a si. Procure obter conhecimentos sobre a doença e o seu tratamento. Ficará mais bem preparado para ajudar o seu familiar a melhorar. A Associação de Apoio e Educação na Esquizofrenia (AEAPE) pretende contribuir para um melhor conhecimento prático da doença de modo a melhorar a relação com as pessoas doentes.

Como lidar com alguém que sofre de doença mental?
É natural que não saiba muito bem o que fazer, mas comece por tentar colocar-se no lugar da outra pessoa. Como é que gostaria que o tratassem a si? A pessoa que sofre de esquizofrenia ou de outra doença mental sentirá provavelmente o mesmo. Fale e actue com naturalidade e não tema cometer erros.
Se se sentia ligado/a a quem está agora doente, por laços e sentimentos de afecto, não receie continuar a exprimi-los. Se era reservado no modo de comunicar não modifique a maneira de ser com manifestações exageradas que podem ser vistas pelo doente como artificiais e intrusivas. Mantenha-se como é habitualmente para criar à vontade na relação humana.

Como encarar os conflitos?
Todas as famílias têm conflitos. Ao enfrentá-los com paciência e compreensão será possível encontrar uma solução antes de ficarem fora de controlo. A ocorrência de uma doença mental num familiar será um acréscimo de stress para as habituais tensões de casa. É pois necessário desenvolver esforços para contrariar os seus efeitos.
Será necessário manter a coesão da família e uma comunicação regular e aberta entre todos, encarando as soluções possíveis para as dificuldades surgidas.
A pessoa doente está fragilizada, controla-se menos bem, tem emoções desencontradas, pode estar mais agressiva e tolerar mal as frustrações, sentindo facilmente que é rejeitada. Uma relação em que os familiares estejam sempre a fazer críticas, apreciações negativas e expressões de desagrado irá ter efeitos muito prejudiciais para a saúde mental da pessoa afectada e em risco de novas crises. A irritabilidade e agressividade, nas palavras, nos gestos e nas atitudes, alimentam num círculo vicioso, o mesmo comportamento no outro.
Um ambiente construtivo, em que há tolerância e condescendência para as coisas menores, criará condições para uma responsabilização em relação ao essencial. Muito errado seria a família fechar-se sobre si, por vergonha, isolando-se da sociedade, com o consequente empobrecimento da vida de relação.
Adaptado de Folheto "Saber conviver com um familiar doente: Conselhos à Família"
Dr José Manuel Jara (AEAPE 2003)

7 comentários:

  1. Um muito obrigado, por esta sua atencao. E de todo muito bom encontrar sempre um reflexo de interese para com pessoas que sofrem ou estao de alguma maneira, em contacto com esta doenca. Que em todo o sentido de a viver passa exactamente, por incompreecao, em especial nos seus momentos mais activos, digo quase sempre no seu todo.Na fe, e sempre na esperanca de um Deus, melhor. Um muito obrigado, por vossa prestacao.
    Pedro Leiria.

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  2. É muito difícil o dia a dia. Eles sofrem e os familiares também. É um desmorenar de sonhos,no nosso caso,já la vão quase 10 anos.Incialmente existe resistência e um adiar da situação real.Pensa-se «as coisas vão melhorar».Mas, não, apenas se controlam. O que se faz com um jovem que tem 26 anos sem perspectivas de futuro? Quando os pais já nao consegiurem ajudar mais?

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  3. É dificil mesmo,tenho dois irmão com problemas mentais não é fácil,abala a familia só quem passa sabe,tenho muita dó dos meus pais já estão de idade passando por esses processos tão dificil.

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  4. E muito dificil falo como mãe que já sigo esta situação á muitos anos e consigo ver a aflição e o medo deles quando não estão bem e não posso fazer nada olho para eles e penso que não estou a fazer nada a minha função como mãe é proteger as vezes penso o que pensarão eles de mim que não devia permitir que eles sentissem nada disto é triste ver os meus meninos assim nós sofrmos mas eles tambem sofrem muito.

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  5. Quem quiser conversar sobre o problema ,me coloco a disposição.Tenho caso na familia e sei como e difícil,triste e doloroso.
    Karla.bello@hotmail.com

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  6. Tenho 2 casos na minha família: Meu pai é esquizofrênico e minha tem transtorno bipolar. É muito dificil quando eles estao em crise

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  7. Não aguento mais,
    meus pais faleceram , ESGOTADOS e agora sou só eu e minha irmã doente, tem 3 faculdades, nunca quis se tratar, e eu vivo um verdadeiro inferno, não posso ter vida normal, trabalhar , viver enfim e ninguém,simplesmente ninguém ajuda,. hoje estou com medo de adoecer, já estou som pressão alta e não acho um local decente e digno para deixa-la que eu possa pagar, para que tanto eu , quanto ela tenhamos qualidade de vida, santo de casa não faz milagres e o esquizofrênico não respeita a família, acha que nós é que somos culpados por eles estarem assim, eu vivo há mais de 30 anos com esse problema e não consigo estruturar minha vida, porque ela esta sempre me consumindo.
    estou cansada , muito cansada e com pena , muita pena de uma pessoa de boa índole, bom caráter, ter esse problema e não termos nesse país uma estrutura decente para cuidar dessas pessoas,e pior, com a vida que estamos levando com tanto stress e cobranças, esses casos tende a aumentar, o que sera de todos nós ???

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